Resenha: Asphyx - Deathhammer

O que acontece quando uma banda veterana e conceituada lança um álbum novo? Essa é uma pergunta que tem várias respostas. Às vezes a tal banda lança um trabalho morno, repetitivo. Outras, trata de se reinventar com uma virada de 180 graus, o que pode render resultados desde a completa rejeição por seu público até um crescimento que leva o próprio ouvinte a crescer. E, claro, não podemos esquecer a terceira possibilidade: bandas que em algum momento encontraram sua identidade e se mantém lançando álbuns consistentes com essa identidade, nunca deixando de transmitir excitação e paixão pela música, mesmo após muitos anos de trabalho. E, para a surpresa de absolutamente ninguém, é nessa categoria que se enquadra esta último álbum do Asphyx. Temos aqui um death metal tradicionalzão, semelhante a alguns momentos do Dismember (principalmente na seção rítmica), alguma influência doom bem discreta aqui e ali, como em We Doom you to Death (com um título desses, seria inevitável) um pouco de thrash, como na faixa Of Days When Blades Turned Blunt, com uma introdução que chega a parecer Slayer afinado uma oitava abaixo, ou mesmo um pouco de punk, como na empolgante faixa-título, em que vocal de Martin Von Druunen dá um show. Enfim, um belo trabalho para fãs do death tradicional, que sabem apreciar todas as influências de todas as facetas do metal que moldaram o estilo.

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