Resenha: Espasmos do Braço Mecânico - Negative Vibrations

Ao ouvir este play com onze faixas, a sonoridade com traz à mente uma noção claustrofóbica, sufocante e opressiva, que remete à vida nas metrópoles. Não a noção utópica da metrópole como um ambiente de progresso e mentes iluminadas, mas sim a realidade frenética da vida apressada, exigente e desgastante do século XXI. No início do álbum nos defrontamos com dois temas que expressam de forma bem clara e direta essa urgência urbana. Outro destaque é a terceira faixa, Enterrado no Lixo, reforça bem a noção de frustração com uma vida que quanto mais exige da pessoa, mais a sufoca.
Outra faceta interessante da banda pode ser percebida em faixas como Social, que apresentam um equilíbrio entre melodias supostamente tranquilas com progressões dissonantes e um timbre de guitarra com graves límpidos e agudos saturados, reforçando ainda mais a sensação opressiva. O álbum termina com a feroz e sufocante Até o Pescoço, em cuja letra percebe-se até mesmo uma conexão com o próprio nome da banda ("Esses movimentos não são meus!).
Enfim, bom ver uma banda que se arrisca a tocar pós-punk em pleno século XXI e fazê-lo sem soar como uma cópia datada de Bauhaus, pelo contrário, antes resgatando o pioneirismo da referida banda.

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