Resenha de Show: In Grind we Crust #1

Em primeiro lugar, permitam-me iniciar esta resenha com um belo de um pedido de desculpas por não ter chegado a tempo de presenciar o evento em sua totalidade, apesar de estar tão ansioso por comparecer. Por motivos variados (inclusive errar o caminho) acabei chegando após mais da metade do evento já ter ocorrido. Mas permanecendo fiel à minha missão, cá estou com meu relato sobre aquilo o que vi. Então vamos ao show.
Reiketsu
A primeira banda que vi foi o Reiketsu, banda com a qual eu não estava familiarizado até então, vinda do interior de São Paulo trazendo um hardcore crust bem metalizado, em alguns momentos lembrando Living Sacrifice, em outros o Undying, outros Hatebreed e em outros ainda, a fase anos 90 do Napalm Death. Uma mistura legal e caprichada de velocidade hardcore e peso bruto metálico, que foi muito elogiada pelos presentes.
Atos de Vingança
Após um breve intervalo, tivemos o pessoal do Atos de Vingança, fazendo a alegria da massa punk presente com seu hardcore crust violento e acelerado. Tocaram sons de suas duas demos juntamente com material inédito, e concluíram o cover/versão em português para "United Forces" do S.O.D., aqui transformada em "Unindo Forças"(cabe mencionar que essa versão foi inicialmente gravada pelo Melody Monster, a outra banda do batera Marcello Kaskadura, tornando essa versão do Atos de Vingança um re-cover!).
Armagedom
Após o Atos de Vingança, a platéia (eu incluso) aguardava ansiosa pela entrada do Armagedom, histórica banda crust brasileira veterana, e devo dizer que o som deles na fase atual está bem diferente daquilo que eu esperava. O Armagedom de hoje tem muito mais de thrash metal e até um pouco de heavy tradicional do que seu estilo inicial nitidamente influenciado por Discharge (se bem que por outro lado o próprio Discharge em algum momento tendeu para o metal, então creio que até na falta de influência a influência ainda está lá.). Expectativa à parte, o som da banda não desaponta, longe disso, e chega a ser inspirador ver uma banda veterana que mantém seu pique e agressividade mesmo em músicas beirando seus 30 anos.
Enfim, uma noite memorável, que certamente teria sido melhor ainda se eu tivesse acompanhado-a do começo, mas a vida é assim. Só podemos aproveitar aquilo em que estamos presentes. Então é mais válido aproveitar do que reclamar do que NÃO conseguimos, certo?

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