Resenha: Judas Priest - Firepower

Correndo todo o risco do mundo de soar clichê: é assim que eu quero estar quando ficar velho. Essa é a forma mais resumida e sincera para descrever o que aguarda o fã de heavy metal tradicional neste 19º álbum de estúdio de um dos grandes originadores e perpetuadores do gênero.
O que temos aqui é uma banda plenamente ciente de seu legado, trabalhando de modo a preservá-lo, evitando a alienação dos fãs fiéis, mas sem cair na mais comum das armadilhas que vitimam as bandas veteranas, que é a repetição; muito longe disso, aqui a banda de Birmingham investe com gosto em sonoridades de guitarra pesadíssimas, com o lendário K.K. Downing tendo abandonado a banda e cedido seu lugar ao lado de Glenn Tipton a Richie Faulkner, que para o alívio dos bangers demonstra logo de cara um nível de entrosamento comparável ao de seu antecessor.
A faixa-título já começa o disco destruindo a todo vapor, numa pegada que não soaria fora do lugar nem mesmo em uma banda death metal. Rob Halford está um show a parte, com o timbre e potência vocais que o tornaram conhecido como uma das maiores vozes no gênero. De fato, este álbum tem grandes chances de ser não só um dos grandes lançamentos do ano (o que já está óbvio desde já), como um dos grandes clássicos da banda para os próximos anos, comparável facilmente com pérolas como Defenders of the Faith e Screaming for Vengeance.
Por fim, o álbum está disponível no Spotify na íntegra, então não há o menor motivo para não ouvi-lo.

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