Publicação: O Cavaleiro Feérico

Salve, galera. Estou resgatando aqui uma resenha antiga que fiz em 2012 para o Gambiarra's Blog. Acho que muita gente que acompanha este blog aqui não deve ter visto na época. Divirtam-se.

O Cavaleiro Feérico
Editora Multifoco
391 páginas

Salve, galera! Nesses tempos em que a literatura de fantasia anda em alta aqui no Brasil, muito interessante encontrar um livro como esta obra do gaúcho Luiz Hasse, que comete a proeza de apresentar algo novo em um gênero bastante explorado (embora ainda longe de alcançar a saturação existente nos EUA) justamente ao investir em suas raízes, com um estilo em muito reminiscente dos contos de cavalaria medieval histórica.
O livro conta a história de Garth, um filho de fadas criado por humanos, e sua carreira de aventuras como um cavaleiro da Ordem do Grifo. No decorrer de sua trajetória, Garth conhece o amor, o medo, o ódio e o preconceito e, por fim, o sentimento de aceitar a si mesmo.
A primeira coisa que me chamou a atenção no livro foi a forma como algumas características recorrentes da fantasia medieval moderna são apresentadas aqui com uma roupagem mais ligada às lendas medievais; por exemplo, em vez de elfos tolkienianos, temos as fadas, que se aproximam muito, em comportamento e poderes, daquilo que é descrito nas lendas da velha Europa e até mesmo do material dos RPGs Changeling: O sonhar e Castelo Falkenstein. De fato, nos primeiros momentos do livro eu cheguei a acreditar que a ambientação fosse a Europa medieval, pois as descrições são extremamente coerentes.
Outra característica que chama a atenção é a agilidade do texto; temos aqui um volume de 391 páginas, todas elas muito bem aproveitadas, sem descrições exageradamente alongadas e com capítulos curtos, bem estruturados. Os momentos em que fica realmente claro o quão ágil é a escrita de Hasse são as cenas de combate. Realmente consegue-se perceber com clareza o que cada combatente está fazendo, não ficam descrições confusas que fazem o leitor tentar mover os braços e pernas nas coordenadas descritas para tentar entender.
Enfim, no Brasil ainda acho que estamos longe de chegar ao ponto em que a fantasia medieval se torne um gênero batido e saturado, mas mesmo assim, é sempre bom ver surgir um fôlego renovado, que não tem medo de procurar e encontrar sua própria voz em vez de ser apenas mais um seguidor da cartilha.

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