Resenha: Imago Mortis - LSD

Um dos maiores nomes do doom metal brasileiro volta à carga, com um álbum que se mostra desde já um clássico não somente desse gênero, como do metal nacional de modo geral. Aqui temos um desempenho de destaque do excelente vocalista Alex Vorhees, que varia desde um canto suave quase sussurrado até um gutural que se encaixaria tranquilamente em um death metal mais visceral, passando no meio do caminho por momentos reminiscentes dos já saudosos Warrel Dane e Mário Linhares. É difícil falar deste álbum sem destacar a versatilidade do vocal, mas não é como se o instrumental deixasse a desejar, muito pelo contrário; aqui temos momentos mais intimistas, como a faixa de abertura, The LSD Theorem, Exile, momentos de peso puro, como Hieros Gamos e Two Headed Chimaera e em toda a parte momentos de um experimentalismo avant garde, lembrando bandas como Arcturus e Subterranean Masquerade.
Além de todas essas qualidades, o álbum ainda conta com um trabalho de composição fenomenal, em muitos momentos soando quase como uma trilha sonora cinematográfica pela carga de dinâmica emocional contida na interpretação, algo que realmente precisa ser ouvido e experimentado para ser entendido. Sem a menor sombra de dúvida, um álbum para ser ouvido de ponta a ponta e depois voltar do começo. Repetidamente.

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