Resenha: Endimion - Latmus

Neste segundo álbum dos doomsters chilenos, notamos uma evolução em relação ao debut de 2011. O estilo permanece sendo aquele doom pesado e carregado, com uma dose de melodia sem exageros, mas agora temos maior uso de vocais limpos e aplicação de distorções mais etéreas, como em Espectro, cujo fraseado de guitarra inicial remete um pouco a um Killing Joke desacelerado.

Percebe-se também um maior trabalho em atmosferas desoladoras, em momentos tendendo mesmo para o vazio, algo que se percebe como característica bem presente em outras bandas doom chilenas, como Uaral, ou no projeto paralelo do vocalista Matías, o GruntOde.

No geral, temos um ótimo death/doom com letras em espanhol, com trabalho vocal e instrumental perceptivelmente mais afiado em relação ao debut, algo que já se percebia no EP Palabras Vacias, de 2017 (do qual foram tiradas duas faixas presentes neste álbum, Palabra Vacia e Vigilia). Uma pedida certeira para fãs de death/doom executado à moda clássica dos anos 90, sem cair em armadilhas de repetição do estilo.

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